sexta-feira, fevereiro 08, 2008

O meu sangue é negro, branco, amarelo e vermelho


Pois é, o velho surrealismo de sempre.
Sonhos distorcidos, realidades alteradas, mentes em cruzamento.
Pensamentos mesclados, sensações misturadas, sons não então característicos.
Vendo sem luz, ouvindo com sabor, sentindo sem nervos.
E em toda a gama de impossíveis possibilidades, no limiar de qualquer resto ou consequência de situações esvaidas com o tempo, perde-se e ganha-se ao mesmo momento.
Sendo preso na imensa cadeia da liberdade.
Sim, como um caso perdido ou uma situação no mínimo, inesperada.
E de onde viria todo esse exagero e sonho?
Sem essa alimentação que se perde, mi-li-me-tri-ca-men-te cal-cu-lada as leituras tornam-se dificeis.
No momento de esplendor e crepúsculo, esse minimalismo ganho a partir de muito esforço, mostra-se.
A-qui!
E como um respingar de chuva, nesse caso, põe-se a caber toda especulação.
Ela também se perdeu nesse mar inatingível de pensamentos e, agora que assim sucede-se, amanhã, vai ser outro dia.
Futuro e passado não existem.
O que há é sempre o presente, o eterno presente.
O presente que passou e o presente que virá.
Que nós nos aproveitemos dele.
E que nos venha, essa plenitude.

Um comentário:

Tangerine disse...

Lendo isso aqui me senti tendo audição de algumas musicas do Caetano: com os olhos racionais nao se entende muito o sentido, mas olhando com os outros olhos, os interiores, bem mais sensíveis, eis que a compreensão se faz de uma forma tão sultil que até parece leitura de poesia.