terça-feira, março 20, 2012

Melhor vilão

 
Se algum dia eu tivesse de escolher o melhor vilão de todos os tempos em um filme, seria um páreo difícil, com certeza, mas certamente o ganhador seria Anton Chigurh, papel de Javier Bardem em Onde os Fracos Não Tem Vez.

É simplesmente impressionante a atuação dele no papel do assassino louco/psicopata de cabelo arrumadinho. Chega a ser uma interpretação sublime. Ele consegue criar um tipo que passa medo só pelo olhar, só pela presença física no local.

Como bom matador maluco que é, ele assassina pessoas com uma máquina de matar gado e uma escopeta calibre 12 com silenciador.

Só pra situar um pouco, ele passa o filme inteiro atrás de outro personagem que está em posse de uma maleta com $2.000.000 de dólares, só que, em alguns momentos, nós duvidamos que essa seja sua real motivação quando parece que na verdade ele só quer é matar todo mundo.

Além disso, tem aquela antológica cena da moeda. No início não dá pra entender muito bem qual o objetivo do nosso querido vilão, mas quando este se revela, a gente gruda na cadeira de tanta tensão. Só vendo pra entender.

Ele e sua escopeta calibre 12 com silenciador dão medo, sério mesmo.

quinta-feira, novembro 24, 2011

The Walking Dead


Eu simplesmente não consigo parar de ler as HQS de The Walking Dead!
Caso alguém ainda não saiba (absurdo!), The Walking Dead é uma série de quadrinhos que se iniciou lá pelo longínquo ano de 2003. Ela fez muito sucesso durante o período e foi então adaptada como série televisiva no final de 2010.

Foi sucesso imediato.

Meu primeiro contato foi justo com a série de TV e, ao buscar mais informações, descobri que ela era baseada nos quadrinhos. É importante frisar que a série não segue a risca a história da HQ, criando novos personagens, excluindo outros e etc. Apesar de se basear em alguns fatos chave, o rumo das histórias são bem diferentes.

Quando li a primeira edição achei legal, mas não continuei. Com o início da segunda temporada na TV resolvi colocar a leitura em dia e, desde então, não consigo parar.

É simplesmente viciante.

Os quadrinhos, na minha opnião, são bem mais "crus" e mais violentos. Mas claro que não é só violência, morte e zumbis (yeah!). O mais legal da história é justamente o modo como os sobreviventes tem que se adaptar a esse novo mundo, criando suas próprias regras, lutando a cada dia pela sobrevivência. Quando chega o momento em que a principal ameaça deixam de ser os zumbis, tudo fica ainda mais interessante.



Pra quem gosta da série e não se importa muito em saber alguns fatos chaves, vale MUITO a pena a leitura.



sexta-feira, outubro 07, 2011

Tortuosas Pessoas Dubitáveis


Domingo passado fui ver um show onde tocaram Chá de Abú, Buster, Charlie Chaplin Goveia e Vivendo do Ócio sem muitas pretensões e me surpreendi.

Chá de Abú e Charlie Chaplin eu já conhecia de rocks passados. Vivendo do Ócio tinha muito tempo que eu havia visto, na época que a banda ainda tava começando e a Buster nunca tinha visto nem escutado.

Qual não foi minha surpresa quando a Buster destilou seus primeiros acordes distorcidos, fazendo todo mundo que tava no salão ir pra California curtir seu hardcore. Valeu a pena, os caras são bons mesmo.
Ainda teve direito a piadinha do vocalista, argumentando que cantava meio baixo porque o microfone tem um "formato desconfortável".

E então veio, na minha opnião, o melhor show da noite. Eu já tinha visto n shows da Charlie, mas porra, esse de domingo foi o melhor. Sério, dava pra ver a energia saindo do palco. Tudo o que uma banda deve ser estava ali. Entrosamento, técnica, boas músicas e presença de palco fuderosa. Show foda com direito a Vicente, vocalista da banda, se jogando por cima da bateria e homenagem ao Redson, vocalista do cólera, falecido a pouco tempo.

Veio então o show mais esperado da noite por quase todos os presentes: Vivendo do Ócio. Me impressionou a sinergia deles com o público e, mesmo não sendo fã da banda, gostei bastante da presença de palco dos caras. Outro grande show.

Mas então, além de todo esse prazer proporcionado pelo evento, resolvi comprar o EP 'Tortuosas Pessoas Dubitáveis', da Charlie Chaplin e, desde então, venho escutando ele quase obsessivamente. Ele mal sai do cd player do carro.

E é lindo. Nem tenho outras palavras.
É rockn'roll, ska, punk e sei lá mais um monte de coisa.
Em poucas palavras: É MUITO FODA!
Gostei pra caralho de todas das canções e nem consigo eleger minha preferida.
É um grande álbum de uma grande banda.

Se tiverem afim de conhecer, segue o perfil no TramaVirtual da banda: http://tramavirtual.uol.com.br/charlie_chaplin

Ouçam que vale a pena.

"Muitos hormônios introspectivos postos para fora em passos onde,
Nosso deus é cada um, de nossos pés, de nossos pés."

quinta-feira, outubro 06, 2011

Apanhador Só

Identificação pouca é bobagem:

“Um velho cego certa vez me disse para eu me fiar na solidão. Que ela instrui os sentidos. Que há mais filosofia numa sola de sapato que num livro, que um armário sabe mais histórias que um museu. Então me veio essa de construir um parque de diversões onde a única coisa a tocar fosse Apanhador Só. Quando o parque vai ficar pronto? Talvez no dia de não-sei-eu-quando, pois que a experiência demonstra: tudo que é cheio de nove-horas envolve muito balangandã e dor nas costas. Mas demore o que demorar, eu espero, só para poder colocar lá dentro todos os serezinhos dessa mitologia muito da singular que a Apanhador inventa, essa ciranda de padeiros e teoria da relatividade, café solúvel batido sem açúcar, reis conselheiros, garrafas quebradas e histórias de pescador, como um coral de caipiras num picadeiro lamentando um amor perdido, ao som das trombetas plásticas que vêm de brinde nos sorvetes de maria-mole. É assim que vai ser, e eu já enxergo a fila no portão. Propus sociedade ao velho, mas ele me mandou catar coquinhos. Prefere trabalhar na bilheteria. O primeiro disco da Apanhador Só é o parque de diversões da minha solidão.”
– Diego Grando

sexta-feira, setembro 30, 2011

Um Sonho



Um dos meus sonhos ainda não realizados é fazer uma viagem de carro através dos Estados Unidos fazendo o mesmo trajeto que Sal Paradise fez no livro On The Road.

Nada de "highways" ou "auto-estradas".
Nada de carros modernosos e cheios de recursos tecnológicos.

Nada de saber exatamente onde se vai dormir a noite.

O negócio é pegar as estradas secundárias e dirigir sozinho por quilômetros e quilômetros sem passar por outra alma viva.
É pegar um Cadillac da década de 50 e varar as estradas a 180 km por hora.

É dormir em hotéis de beira de estrada e comer qualquer coisa a qualquer hora.
É andar rápido e ao mesmo tempo sem pressa de chegar, aproveitando a vista, sem se importar muito com destino.


Quem sabe?

segunda-feira, setembro 19, 2011

Meu Novo Objetivo de Vida



Meu novo objetivo de vida é fácil de entender mas um pouco difícil de executar.
Desisto da busca pelo amor, pela felicidade, pelo dinheiro, pela saúde.
Mas calma, explico. Pois meu novo objetivo de certo modo engloba todos esses méritos sem os possuir diretamente.
Ele é auto-suficiente e a partir do momento em que chegamos a ele, tudo mais passa a ser irrelevante.
Não desnecessário, mas irrelevante como prioridade, pois quase tudo na vida, amigo, tem a sua devida importância.
Já a sua relevância na vida de cada um varia. E muito.
Basicamente passa a ser algo que é possível viver sem, que simplesmente não me custará o sono caso não consiga "chegar lá".

Isto obviamente também não significa que abandonarei tudo, largando trabalho e, sei lá, indo morar numa caverna atrás
de uma cachoeira na Chapada Diamantina. (Se bem que não seria má ideia)
Mas não, não é nada disso.

Como disse ele é bem simples.
Meu novo objetivo de vida é encontrar meu estado pleno de consciência, livre das amarras, sei lá, psicológicas, que me impedem de entender a mim mesmo e o mundo ao meu redor.
Acho até que quando eu finalmente encontrar meu estado final de consciência propria, todo o resto vem por tabela.

E isso, digo agora com absoluta certeza, é algo que realmente vale a pena se apegar.

segunda-feira, setembro 12, 2011

Aniversário chegando e tal

É meus amigos, meu aniversário tá chegando e tal, 22 de setembro, dai como sei que vocês me adoram e que podem surgir dúvidas quanto aos presentes que sei que vocês certamente irão me dar, vão aqui algumas sugestões:

Livros: Ficção, Guerra, Dramas Psicológicos, Física (Teoria das Cordas, Física Quântica, etc.), Clássicos.
Além disso, tem também as biografias, como a de Bob Dylan, Beatles, Keith Richards e etc. A de Bowie eu já li, então pode ser de algum desses ai ou qualquer outro interessante.
Eu tava querendo também ler "O Iluminado", do Stephen King.
Qualquer coisa, tem lá na Saraiva Megastore, mas também aceito usados, não fiquem com vergonha. :)

Filmes: Ficção, Guerra, Gângster, Dramas Psicológicos, Clássicos, Woody Allen, Al Pacino, De Niro (menos Taxi Driver e Touro Indomável que já tenho), David Lynch.

Só não vale, em HIPÓTESE ALGUMA, livros de auto-ajuda e comédias românticas. :)

Se bater a dúvida se já tenho ou não, só me perguntar que não tem problema. Pode ser até indiretamente.

Só não esqueçam da etiqueta de troca pq pode acontecer de eu já ter né, ai tem como trocar.

Ah, mas se você tiver muito dinheiro e realmente quiser me dar algo estupendo pq você gosta mesmo muito de mim, pode ser isso aqui. Garanto gratidão eterna.

Mas sério, aceito qualquer coisa, até um abraço vai muito bem.

Convites pra beber também são muito bem vindos! :D

domingo, setembro 04, 2011

Filmes e sua crítica a sociedade

Ontem revi Clube da Luta e, porra, tinha me esquecido o quanto é bom.
Além disso, ele traz uma questão que muito me interessa, que é a crítica explícita a nossa sociedade de consumo, sempre com umas citações e falas bem pertinentes em relação ao modelo ocidental de sociedade.
Tem quem ache isso meio bobo, clichê e etc, mas eu acho válido, afinal de contas as vezes não percebemos certas sutilezas presentes nas películas e certos "tapas na cara" nos ajudam a repensar alguns aspectos das nossas vidas.
A vida é subjetiva, mas as vezes é bom ser direto.
Na verdade, quase sempre é melhor ser direto do que ser subjetivo. Não é sempre, mas as vezes usamos a subjetividade para camuflar algo que temos medo de falar/fazer diretamente.
Mas enfim, divago.

Voltando ao assunto principal, trago aqui algumas dessas citações "tapa-na-cara":

Clube da Luta (Fight Club):

"Cara, eu vejo no clube da luta os homens mais fortes e inteligentes que já viveram. Vejo todo esse potencial, e vejo ele desperdiçado. Que droga, uma geração inteira enchendo tanques de gasolina, servindo mesas, ou escravos do colarinho branco. Os anuncios nos fazem comprar carros e roupas, trabalhar em empregos que odiamos para comprar as porcarias que nao precisamos. Somos uma geração sem peso na história, cara. Sem propósito ou lugar. Nós não temos uma Grande Guerra. Nem uma Grande Depressão. Nossa Grande Guerra é a guerra espiritual... nossa Grande Depressão é nossas vidas. Todos nós fomos criados vendo televisão para acreditar que um dia seríamos milionários, e deuses do cinema, e estrelas do rock. Mas nós não somos. Aos poucos vamos tomando consciência disso. E estamos muito, muito revoltados.".

Trainspotting - Sem Limites (Trainspotting):

"Escolha viver. Escolha um emprego. Escolha uma carreira. Escolha uma família. Escolha uma televisão enorme. Escolha lavadoras de roupa, carros, CD players e abridores de latas elétricos. Escolha boa saúde, colesterol baixo e plano dentário. Escolha uma hipoteca a juros fixos. Escolha sua primeira casa. Escolha seus amigos. Escolha roupas esporte e malas combinando. Escolha um terno numa variedade de tecidos. Escolha fazer consertos em casa e pensar na vida domingo de manhã. Escolha sentar-se no sofá e ficar vendo game shows chatos na TV enfiando porcaria na sua boca. Escolha apodrecer no final, beber num lar que envergonha os filhos egoístas que pôs no mundo para substituí-lo. Escolha o seu futuro. Escolha viver.".

Batman - O Cavaleiro das Trevas (The Dark Knight):

"As vezes a vida é dura! Você recebe choques e mais choques, e parece que querem derrubar o mundo sobre sua cabeça. Por isso, sempre sorria! Se tiver que morrer, morra sorrindo! Se tiver que matar, mate sorrindo! E sempre coloque um sorriso no rosto das outras pessoas! Nem que para isso, preciso rasgar-lhes a face de orelha a orelha..."

Se tiver algum mais pra adicionar a lista, só dizer!

quarta-feira, agosto 31, 2011

Ready to Start



"All the kids have always known
That the emperor wears no clothes
But to bow to down to them anyway
Is better than to be alone

[...]

If I was scared, I would
And if I was pure, you know I would
And if I was yours, but I'm not

Now I'm ready to start

Now I'm ready to start
I would rather be wrong
Than live in the shadows of your song
My mind is open wide
And now I'm ready to start

Now I'm ready to start
My mind is open wide
Now I'm ready to start
Not sure you'll open the door
To step out into the dark
Now I'm ready!"


terça-feira, agosto 30, 2011

As Virgens Suicidas, Parte II

"A princípio os garotos não disseram nada, estarrecidos com a falação das Lisbon. Quem podia imaginar que falassem tanto, que tivessem tantas opiniões e agarrassem as manifestações do mundo com tantos dedos? Enquanto as olhávamos esquivos, elas tinham crescido, desenvolvendo-se em direções que não podíamos imaginar, lendo todos os livros da expurgada biblioteca familiar. De alguma maneira, através da televisão ou observando no colégio, tinham se atualizado sobre o ritual social de um encontro, de modo que sabiam como manter a conversação ou preencher silêncios constrangedores. Sua falta de experiência nessas situações revelava-se apenas no penteado cheio de grampos, que parecia um estofado rasgado com arames à mostra. A Sra. Lisbon nunca lhes tinha dado conselhos de beleza, e proibia revistas femininas em casa. (Uma enquete da Cosmopolitan "Você tem orgasmos múltiplos?" havia sido a gota d'água.)
Elas tinham feito o melhor possível."

Lindo demais esse livro.
Querendo saber mais sobre o filme, escrevi umas coisas aqui.