segunda-feira, maio 04, 2009

A curva do rio



Vários dias que eu penso em algo para escrever, mas nada parecia me chegar.
Só este vazio, velho companheiro de guerra.
Só esta nostalgia, amiga de sofá.
Este cansaço cotidiano.

Mas essa chuva me acordou
As chuvas torrenciais que caem sobre meu guarda-chuva e molham meus pés me fazem pensar.
Pensar em toda essa terrível hipocrisia que consome a todos, inclusive a mim mesmo.
Solenemente busco tentar entender o que a existência me reserva.

E assim, me perco em minhas teorias para explicar o mundo
Explicar como funciona a mente das pessoas e o que elas esperam
Aos poucos vou me livrando dessas amarras cotidianas
Mesmo em dias (como hoje) em que a esperança foge do meu corpo

As vezes se torna um fardo terrível
E o que era para ser nunca é.
Tudo sempre se repetindo num ciclo interminável...
E pouca coisa parece fazer algum sentido em determinados momentos

Como sempre, como sempre...

Um comentário:

Devaneios baratos.. disse...

Vc escreve muito bem, consegue transpor várias coisas que tb sinto mas não consigo explicar..