Assalto no feriado

Dia desses me assaltaram.
Mas nada de material me levaram, nenhum pertence físico, nenhum trauma psicológico.
O assalto que se constituiu de pedras de vento e gritos falsos.
Exigências com por favor e ameaças vazias.

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E no feriado de sol, no dia não útil perante os preceitos de sociedade, o que fazer?
E o que é mesmo um dia útil?
Difícil compreender o conceito.
Ou preceito.
Apesar disto, prefiro eu os dias totalmente inúteis.
Sem a responsabilidade, sem as ruas cheias, sem o stress.
Só eu e o mundo.
Eu e o sol.
O Eu e o que quer que seja.

Dia assimétrico.
Domingo disfarçado de quinta-feira.
Não!
Quinta-feira disfarçada de domingo.
Ou os dois!

E entre rimas e aliterações.
Buscando novamente interações e métricas, não se pode sempre fazer o desejado.
Nem minhas críticas farei.
E em meus poderes falhei.
Não adianta, perdido está quem perdido quer ficar.
Loucuras escritas nunca se sedimentam.
Pelo menos até onde eu sei.

"Hoje eu vou fugir de casa, vou levar a mala cheia de ilusão"