quinta-feira, junho 30, 2011

Divagando, de novo

As vezes presenciamos situações em que as pessoas explodem por besteiras, coisas cotidianas.
Já vi e ouvi falar de gente que explode por um pisão no pé, porque alguém encostou algo nela sem querer e até porque olharam de cara feia.

Certa vez eu estava numa fila na rodoviária de Salvador e uma moça grávida chegou intempestivamente e passou na frente de todos.
Um rapaz, que seria o próximo a ser atendido então falou que entendia que ela estava grávida e que merecia prioridade mas que deveria, pelo menos, ter pedido licença.
Ah, mas pra que ele foi dizer isso...
A mulher ficou descontrolada, entrou em parafuso e começou a gritar feito uma louca na frente do guichê.
Falou que ela podia mesmo fazer aquilo, que ela estava grávida, que o rapaz só disse aquilo porque o marido dela não estava lá e por ai vai...
Barraco digno de novela, meus amigos.

Bom, nossa reação como expectadores ou até mesmo atores nessas intepéries da vida,
é tachar logo a pessoa de estourada, mal-educada, grossa e mais um monte de adjetivos.

Mas quem sabe o que está passando na cabeça de um ser desses?
Não estou dizendo que não existem pessoas grossas e mal-educadas no mundo. Elas existem sim e são muitas, porém, muita gente "se torna" uma delas por diversos fatores.

Imagine: Seu chefe passa o dia todo lhe pressionando, dizendo que você não faz nada direito, que vai te demitir e por ai vai. Essa pessoa, depois de passar o dia todo tendo sua "mente apertada" pega seu carro e vai pra casa. No caminho, ela para num sinal e, ao abrir, o carro da frente demora demais pra sair. Ai o sujeito estoura. Começa a buzinar feito louco e xingar a mãe, pai e avó do seu algoz.
Veja bem, nosso caso de estudo teve um dia cheio, de muito estresse e tudo o que deseja nesse momento é voltar pra casa pra descansar e quem sabe conseguir relaxar um pouco e ai aparece na frente dele esse cara que não saiu assim que o sinal abriu...

Será que dá pra dizer que ele é mal educado, grosso e impaciente?
Acho que não, né?...

Pelo que vejo, falta empatia entre as pessoas e seus relacionamentos.
Ninguém quer se colocar no lugar do outro.
Ninguém quer entender as necessidades, limitações e medos do parceiro(a), colega ou estranho na rua.

Dá pra resolver?
Acho que sim, né?
Mas quem quer começar?

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