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sábado, março 12, 2011

Ó, Linda!*






Esse feriado eu resolvi inovar.
Geralmente sou um pouco avesso ao Carnaval. Fui uma vez ao de Salvador e não curti, dai, finalzinho do ano passado, veio a idéia: vou pro Recife!
Combinei com meus primos e botamos a idéia na cabeça, porém, demoramos a tomar a iniciativa de reservar passagens, lugares pra ficar e etc.
Dai, surgiu o primeiro impasse: quando finalmente começamos a correr atrás da hospedagem vimos que tava MUITO caro.
A partir disso, perdi as esperanças de conseguir ir.

E eis que, aos 40 do segundo tempo, aparece uma casa pra ficarmos, de graça!
Opa, tudo certo então!
Compramos passagens, avisamos os nossos empregadores e preparamos o espírito para o aguardado dia.

E não é que chegou rápido?
Quando fui perceber já estava na semana da viagem e quando pisquei, já estava no aeroporto pegando o vôo.
Viagem tranquila e ai descobrimos mais um pequeno impasse: o lugar que ficaríamos era um "pouco" longe da folia momesca...
Mas bem, você acha que isso impediu os intrépidos baianos de se aventurarem pela desconhecida Recife?
Seguindo o bom ditado que diz que quem tem boca vai à Roma, lá fomos nós, em busca da nossa.

No primeiro dia demos uma passada por Recife e a primeira impressão não foi lá muito boa...
Em vários lugares tava tocando axé!
Pensamos - "Mas que porra é essa??? Estamos em Salvador???"
Procuramos e procuramos e encontramos o famoso Galo da Madrugada. A partir de então, finalmente o frevo começou e foi só alegria.
Demos uma volta pelo Recife e começamos a buscar informações para chegar no nosso próximo destino: Olinda.

Chegar até que foi fácil, o negócio foi acertar ONDE descer.
Acabamos indo parar longe pra caralho e tivemos que andar um bom pedaço. Mas teve suas vantagens, conhecemos a belíssima orla de Olinda.
Depois de muito andar, finalmente chegamos ao Centro Histórico de Olinda e foi praticamente amor a primeira vista.
Pense num lugar lindo?

Curtimos a festa e fomos até onde deu e a partir dai, começou nossa epopéia de volta. Não sabíamos qual condução pegar pra voltar, ninguém sabia informar direito e nos vimos num mato sem cachorro.
Depois de muita luta, ranger de dentes e algumas ligações, finalmente descobrimos qual ônibus pegar e conseguimos voltar.
No outro dia, fomos direto pra Olinda e novamente, êxtase.
No outro, a mesma coisa.
No outro, fomos pra lá novamente mas decidimos ir no início da noite pro Recife pra curtir os shows de Elba e Alceu.
Chegamos cedo, demos uma volta pelo belíssimo Recife Antigo, fomos atrás de alguns blocos de rua e depois rumamos para o Marco Zero.
Os dois foram muito bons, apesar do show do Alceu Valença ter tido alguns problemas com o som, mas nada que atrapalhasse o fechamento de um dos maiores (e melhores) carnaval desse nosso Brasil.
E então, chegou a hora de ir.
Com muito desgosto e tristeza, enfrentamos a maldita quarta-feira de cinzas e pegamos nosso vôo de volta a Salvador já cheios de saudade e com uma idéia na cabeça: ano que vem estaremos com toda certeza aqui novamente.

Quem quiser ir também, é só dizer. Tem várias pessoas interessadas em ir ano que vem e pode ser uma boa alugar uma casa lá em Olinda pra todo mundo.
Uma coisa eu garanto: Você não vai se arrepender! :)

*E não é que esse jargão meio besta e bastante óbvio funciona? :D


terça-feira, fevereiro 24, 2009

Um copo de 28 anos


Feriadão de carnaval, eu em casa e aquele velho calor de sempre.
Já ando acostumado de ficar sempre nesse abafamento, mas enfim.
Tinha uma latinha de cerveja sobrevivente na geladeira, ela tinha caido no chão no dia anterior e tava toda amassada, mas o mais importante é que a cerveja não vazou.
Geralmente eu sempre bebo na latinha mesmo, sem copo nem nada, porém, como a lata tava toda amassada e obstusa, num tava afim de beber nela.
Como eu também não estava afim de ter que ficar toda hora enchendo o copo (sim, eu estava chato), procurei um copo grande.
Tinha um grande copo de alumínio, que, desde quando eu me entendo por gente, ele transita aqui pela casa.
Bom, minha mãe tava na cozinha fazendo o rango e dai eu comecei a conversar com ela sobre as maravilhosas maravilhas (!?) de se beber num copo de alumínio.
Pode até ser viagem minha, mas realmente parece que as coisas adquirem um sabor especial ao serem bebidas num copo de alumínio.
Água, suco, cerveja, vinho, tudo parece adquirir um sabor diferente e melhor.
Tava eu lá falando isso com ela e tal, dai eu perguntei:
"- Quanto tempo tem esse copo, mãe?
- Mais de 20 anos, com certeza. - respondeu ela
- Deve ser mais velho que eu! - respondi
- Realmente, se não me engano, devo ter comprado ele em 81
- Então ele deve ter 28 anos!!"

Fiquei impressionado, um copo de 28 anos!
Mais velho do que muita gente que conheço (e mais importante também).
Vou ser sincero, esse copo agora acaba de ocupar um lugar especial no meu coração. Sério mesmo!
Poucas coisas duram assim tanto tempo, cada dia mais se propaga essa cultura do descartável, onde tanto as coisas quanto as pessoas cada dia mais perdem seu valor perante às coisas mais novas, hi-tec, e coisa e tal.
Podem até me chamar de saudosista e é verdade mesmo, coisas que duram muito tempo, realmente me chamam a atenção, me fascinam.
Essa extrema rapidez com que as coisas hoje vem e vão não é boa, não mesmo!