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terça-feira, fevereiro 24, 2009

Um copo de 28 anos


Feriadão de carnaval, eu em casa e aquele velho calor de sempre.
Já ando acostumado de ficar sempre nesse abafamento, mas enfim.
Tinha uma latinha de cerveja sobrevivente na geladeira, ela tinha caido no chão no dia anterior e tava toda amassada, mas o mais importante é que a cerveja não vazou.
Geralmente eu sempre bebo na latinha mesmo, sem copo nem nada, porém, como a lata tava toda amassada e obstusa, num tava afim de beber nela.
Como eu também não estava afim de ter que ficar toda hora enchendo o copo (sim, eu estava chato), procurei um copo grande.
Tinha um grande copo de alumínio, que, desde quando eu me entendo por gente, ele transita aqui pela casa.
Bom, minha mãe tava na cozinha fazendo o rango e dai eu comecei a conversar com ela sobre as maravilhosas maravilhas (!?) de se beber num copo de alumínio.
Pode até ser viagem minha, mas realmente parece que as coisas adquirem um sabor especial ao serem bebidas num copo de alumínio.
Água, suco, cerveja, vinho, tudo parece adquirir um sabor diferente e melhor.
Tava eu lá falando isso com ela e tal, dai eu perguntei:
"- Quanto tempo tem esse copo, mãe?
- Mais de 20 anos, com certeza. - respondeu ela
- Deve ser mais velho que eu! - respondi
- Realmente, se não me engano, devo ter comprado ele em 81
- Então ele deve ter 28 anos!!"

Fiquei impressionado, um copo de 28 anos!
Mais velho do que muita gente que conheço (e mais importante também).
Vou ser sincero, esse copo agora acaba de ocupar um lugar especial no meu coração. Sério mesmo!
Poucas coisas duram assim tanto tempo, cada dia mais se propaga essa cultura do descartável, onde tanto as coisas quanto as pessoas cada dia mais perdem seu valor perante às coisas mais novas, hi-tec, e coisa e tal.
Podem até me chamar de saudosista e é verdade mesmo, coisas que duram muito tempo, realmente me chamam a atenção, me fascinam.
Essa extrema rapidez com que as coisas hoje vem e vão não é boa, não mesmo!

domingo, outubro 12, 2008

Ceremony

Domingo chuvoso e New Order.
Tudo pronto para um perfeito de nostalgia.
Tem tudo, até a ressaca da noite anterior.

Até a volta pra casa, sozinho, ouvindo "Radio, Live Transmission!"...
As vezes acho que minha vida se amplia (ou se reduz?) em coisas meio que...determinadas.
Pré-determinadas.
Ou talvez Pós.
Pós-determinadas.
Não sei, realmente bem dificil dizer.
As vezes eu me acho anti-pop.
E depois me dizem o contrário.
As vezes eu pareço uma metralhadora.
Pra depois, ser o soldado caido.
Um dia, sou como um dia de altas nas bolsas.
No outro, sou o desespero de quem perde tudo.
Tem dias que eu sou azul pra depois ser cinza.
Tem dias que eu ouço Gang of Four.
Pra nos outros me perder no Slowdive.
Tenho dias de aulas e dias de cama.

Sentir-se bem, sentir-se mal.
Ver no escuro.
Escutar o eletromagnético.
Ouvir o vento.
Sentir a luz.
Ver, a quebra da velocidade.