Sem Destino

Easy Rider - Sem Destino (Easy Rider, 1969) é um daqueles filmes que vivem no inconsciente coletivo, que muitos já ouviram falar, mas que nem todo mundo assistiu.

Dia desses, eu estava lendo o livro Como a Geração Sexo-Drogas-E-Rock’N’Roll Salvou Hollywood (Peter Biskind) e li o capítulo que descrevia como o filme foi extremamente importante para o renascimento do cinema norte-americano, num tempo em que as coisas iam de mal a pior nos Estados Unidos.

Sem Destino, dirigido pelo Dennis Hopper, como o título em português sugere, conta a história de dois motoqueiros, o Capitão America (Fonda) e Billy (Hopper) cruzando o país em suas duas motos, exaltando a liberdade tão crescente naquela época. Eles pretendem chegar em algum lugar, mas apesar disso, o que realmente importa é a viagem, assim como no livro On The Road, eles simplesmente viajam, cruzam o país com suas motos, buscando aproveitar o máximo que podem. Eles buscam, acima de tudo a liberdade individual, tão buscada e ao mesmo tempo, tão temida.

Além dos aspectos cinematográficos, por assim dizer, Sem Destino foi ícone da contracultura, a impressão final da década de 60, o marco final de uma época de descobrimento e revolução e o início de outra evolução. Assim como o já citado On The Road, Sem Destino moldou, por assim dizer, a cabeça da juventude da época, fechando caminhos antigos, abrindo novos e demonstrando que é possível sim, fazer algo diferente e mesmo assim ter o merecido reconhecimento.

Depois de assistir o filme, dá vontade mesmo é de pegar uma moto e sair rodando por ai, sem destino…

* Este pequeno texto é dedicado a Dennis Hopper, morto em 29 de maio de 2010. (R.I.P.)