Assalto no feriado - Parte III

Desculpas de novo.
Pela demora.

Bom, essas últimas semanas tem sido bem complicadas pra mim.
Final de semestre na faculdade, provas chegando, trabalhos e mais trabalhos.
Fora isso, no trabalho as responsabilidades aumentam, os prazos diminuem e tudo vai se apertando.
Como duas paredes que parecem vir ao meu encontro para me esmagar.
Espero conseguir sair vivo desta jornada.

Acaba me sobrando menos tempo pra fazer as coisas que eu gosto, como escutar mais minhas músicas, ler os livros que estão parados, tocar meu violão, ficar com as pessoas que eu gosto, ir na praia, no bar e conhecer vários lugares.
Sabe, o tipo de coisa que faz a vida menos amarga.

O que me consola é que, pelo menos, tudo que eu faço, tem um objetivo. Tenho minhas metas, meus desejos e, cada movimento que faço, é para que sejam cumpridos.
Quer dizer, não todos, mas a maioria. :)

Papo meio meloso, eu sei.
Eu tinha pensado em escrever sobre algo mais na moda, tipo a eleição do Obama, a crise econômica, o iminente fim do capitalismo ou algo do tipo.
Mas não tô muito afim agora. ;)
Fica pra próxima.
Ah, vai uma dica!
Vejam OldBoy, caso ainda não tenham visto!
É um ótimo filme, forte, duro, quase um tapa na cara, mas é ótimo!
Em breve escrevo mais detalhadamente sobre ele.

Ceremony

Domingo chuvoso e New Order.
Tudo pronto para um perfeito de nostalgia.
Tem tudo, até a ressaca da noite anterior.

Até a volta pra casa, sozinho, ouvindo "Radio, Live Transmission!"...
As vezes acho que minha vida se amplia (ou se reduz?) em coisas meio que...determinadas.
Pré-determinadas.
Ou talvez Pós.
Pós-determinadas.
Não sei, realmente bem dificil dizer.
As vezes eu me acho anti-pop.
E depois me dizem o contrário.
As vezes eu pareço uma metralhadora.
Pra depois, ser o soldado caido.
Um dia, sou como um dia de altas nas bolsas.
No outro, sou o desespero de quem perde tudo.
Tem dias que eu sou azul pra depois ser cinza.
Tem dias que eu ouço Gang of Four.
Pra nos outros me perder no Slowdive.
Tenho dias de aulas e dias de cama.

Sentir-se bem, sentir-se mal.
Ver no escuro.
Escutar o eletromagnético.
Ouvir o vento.
Sentir a luz.
Ver, a quebra da velocidade.

Os alquimistas estão chegando!

Terça-feira.
E uma forte sensação de tédio toma conta de mim.
Vontade de estar em algum lugar melhor, com alguém melhor, vivendo momentos melhores.
Mas não, enquanto isso minha juventude vai se esvaindo a serviço de uma sociedade perdida.
E isto vai gerando todas as suas consequências cabíveis, imagináveis e passíveis de serem entendidas.
Ou não.
Mas no fim, o importante é que pelo menos eu tenho meus objetivos, minha meta, meu norte.

Mesmo assim, as vezes eu tenho vontade de jogar tudo pro alto e ir viver numa cabana na beira da praia.
Dias chatos e estressantes como terças-feiras setembrianas fazem brotar esse tipo de pensamento em minha cabeça.

Hermes Trismegisto escreveu:
"O que está no alto, é como o que está em baixo.
O que está em baixo, é como o que está no alto.
[...]
Tu terás por esse meio a glória do mundo,
e toda obscuridade fugirá de ti.
e toda obscuridade fugirá de ti."

Viva o grande Jorge.