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domingo, março 14, 2010

Can You Read My Mind?

Eu e meus pensamentos nonsense de sempre, próprios de um fim de semana meio cinza, meio pela metade.
Nada que eu tenha desejado ou escrito.
Na verdade linhas tortas e, de certo, obscuras.
Caminhos tortuosos fazem um constante contraponto com dias tão claros e ensolarados. Dias, num paradigma físico, muito felizes.

A felicidade é estranha, algo muito importante, mas não menos estranha e, por vezes, difícil de se alcançar.
Nostalgia e felicidade, uma combinação estranha.
É como escutar The Killers num fim de tarde de domingo. Justamente como faço agora.

Como sempre, a vida segue, amanhã é segunda e eu nem sei o que fazer.

quarta-feira, março 18, 2009

Autopsicografia

Eu ando um vagabundo mesmo, nem no meu blog eu posto mais.
Mentira!
Na verdade acho que são coisas demais mesmo, além das já habituais.
Definitivamente, preciso de férias.
Uma viagem cairia bem.

Dia desses eu tava pensando, é estranho como muitas vezes nos identificamos com a dor alheia, não é?
Como se a dor do outro também fosse nossa, também fosse sentida pelo nosso corpo.
Isso me lembrou até um poema do Fernando Pessoa:

    "AUTOPSICOGRAFIA

    O poeta é um fingidor.
    Finge tão completamente
    Que chega a fingir que é dor
    A dor que deveras sente.

    E os que lêem o que escreve,
    Na dor lida sentem bem,
    Não as duas que ele teve,
    Mas só a que eles não têm.

    E assim nas calhas de roda
    Gira, a entreter a razão,
    Esse comboio de corda
    Que se chama coração.

    Fernando Pessoa"
As vezes parece que nós acabamos nos deixando dominar por essa "dor alheia" e queremos mostrar a nossa própria por algum estranho desejo. Só não sei e não me perguntem o porque. Nessas horas acho que seria bom estudar psicologia pra conseguir entender alguns estranhos aspectos do ser humano.
---
Ah, sobre aquele meme que eu tinha esquecido, a Andressa e a Simone acertaram, garotas espertas. :P
Só tenho agora que pensar num prêmio legal e vou adiantando, esperem pois ele vai chegar por esse blog. ;-)
Bom, lá vão as respostas:
1. Apesar de passar boa parte do meu tempo em Salvador, não gosto muito de carnaval e prefiro ir fazer qualquer outra coisa em vez de ir atrás do trio. (Verdade)
2. Estudo Informática e sou um entusiasta da tecnologia. (Verdade)
3. Não sou muito fã de música, apesar de ouvir de vez em quando. (Mentira - essa foi fácil!)
4. Não sou de beber muito. (Mentira - essa foi mais fácil ainda!)
5. Até os 15 anos corria numa equipe de BMX e inclusive fui competir no Paraná.(Verdade)
6. Nas duas últimas edições do BBB eu me candidatei a participar do programa, mas nunca fui chamado. (Mentira)
7. Natal é uma das festas que menos gosto. (Verdade)
8. Toco numa banda de rock. (Verdade)
9. Acho o Pedro Bial um grande idiota. (Verdade)

Até mais galera.

segunda-feira, fevereiro 09, 2009

Poemas de segunda (feira)


Dias de estrelas caídas,
Começando da maneira como sempre começam.
E eu, acordo cedo, com medo de ver o sol.
Como já de praxe, a velha dor de cabeça
A constante vontade de fechar os olhos.

Enquando os samples da minha vida demonstram toda a sua fatalidade.
Tudo tão certo quando o sol que há de nascer amanhã.
E várias músicas tocam em constante loop,
Desde os momentos de meu nascimento.

O pop, o não-pop, anti-pop, anti-tudo.
Um poema sem graça
Vários poemas sem graça
Como nos pensamentos, sem graça.

Latitudes sem longitude insistem em não determinar lugar nenhum
Mas assim ainda você busca seu lugar ao sol.
"Ah, mas eu tenho direito"
Você pensaria.
Mas é mentira, sinto-lhe dizer, é tudo falso.

Estradas.
Entram em minha mente, como sempre.
Falta de obrigação sempre permeia seus pensamentos
A raiva lhe consome e você busca vingança.
Mas, sinto-lhe dizer, isto não levará a nada e tudo o que conseguirá será que a vingança volte contra você.

Certo ou errado.
Você não escolhe.
E isto, isto que passa por seus olhos, não significa nada.
Nem tente entender.

Este poema não significa nada.

terça-feira, fevereiro 03, 2009

Faces de uma mesma moeda


Existem coisas que definitivamente não necessitam de explicação. São auto-explicativas*. Intuitivas. Fáceis mesmo de entender.

Já outras não, exigem mais trabalho, mais momentos de pensamento solitário e também mais conversar no bar.

Aliás, algumas das melhores conversas que eu já tive foram numa mesa de bar. Talvez o clima favoreça discussões mais profundas, principalmente depois de algumas cervejas bebidas.

Mas enfim, depois de algum tempo de reflexão, eu percebi que poderia encarar meu habitual tédio de duas maneiras distintas.

Primeira:
Me afundar no fundo da cadeira (e da consciência) achando que o mundo é horrível, que nada presta, que tudo ao meu redor é completamente entediante e sem sentido, que todos iremos morrer e não existe sentido em buscar alguma esperança de vida.

Segunda:
Perceber que o tédio (como tudo) é bastante relativo e que eu posso simplesmente buscar uma nova forma de me entreter e passar o tempo. Existem infindáveis coisas existentes nesse mundo (apesar de ele não estar bem das pernas) que podem ser interessantes e nos instigar a buscar algo novo fazendo-nos perceber que, no fim de tudo, se afundar em sua própria melancolia não vai ajudar em absolutamente NADA!

NADA mesmo.

Enfim, vamos deixar essa auto-piedade* de lado e buscar algo novo.
Se tudo parece uma merda pra você, é porquê ainda não saiu pra buscar algo realmente interessante.
Uma coisa posso afirmar, nada vai simplesmente cair em seu colo se você ficar só esperando e achando que o mundo é horrível e que todos estão contra você.

Chegar até a porta e olhar o dia, te garanto, já vai ajudar bastante.

*Pelo menos por enquanto, não vou aderir a tal "Reforma Ortográfica".

quarta-feira, dezembro 10, 2008


Em uma de suas antigas lembranças, João recordava-se de como era acordar todos os dias às 4:30h da manhã para ir trabalhar.

Conseguia se lembrar exatamente do sobresalto que dava da cama ao acordar assustado com o barulho do despertador. Era um barulho muito alto, senão, ele não levantava e acabava perdendo a transporte. Dai, acabava por acordar sempre de péssimo humor e já começava o dia amaldiçoando o seu trabalho e a si próprio por viver daquele jeito.

Eventualmente, de tão alto que era o seu despertador, acabava por acordar um ou outro vizinho que sempre o esperava perto de sua casa para lhe xingar.
Ele odiava aquilo tudo.
Odiava.

Pior ainda eram os dias de chuva. Sempre acumuluva uma poça de água de uns dois metros de diâmetro justamente em frente a porta.
Ele tinha duas opções, a primeira era chegar até o meio da sala, sair correndo e dar um verdadeiro salto em distância por sobre a poça e cair do outro lado sem sujar os pés.
Porém, havia um problema nessa abordagem:
Quem fecharia a porta?
Assim sendo, ele era obrigado a enfiar os pés na poça para poder fechar a porta e assim, ficar o resto do dia com as meias molhadas nos pés...

Essa era uma daquelas lembranças completamente inúteis, que ele queria e deveria esquecer, mas como sempre, insistia em voltar.

Ele decidiu então pegar esta lembrança e, como não poderia se livrar dela, jogá-la bem fundo nos porões da inconsciência. Um lugar tão fundo que nem que ele quisesse pegá-la de volta, conseguiria.

E ele fez.
E no grande dia de chuva que se seguiu, a coisa que mais lhe chamou a atenção foi o grande arco-íris que se mostrava bem em frente a sua porta.

sexta-feira, dezembro 05, 2008

Turbulências soníferas.


Um dia, João Silva dos Santos acordou assustado, deu um pulo da cama e, com um estranho sorriso no canto dos lábios, foi constatar tudo que já desconfiava. A noite anterior de sono havia tido um estranho tom revelador.

Tudo o que tinha visto, ouvido, lido e sentido no dia anterior, foram condensados num turbulento sono. Havia ficado realmente impressionado como as pessoas e coisas resolvem rápido seus problemas.

De certo modo, isto era um tanto estranho para ele, rapaz que sempre demorava de resolver suas pendências, demorava à escolher, voltava em suas decisões e outras coisas mais.

Mas, diferente de outras vezes, ele sequer se importava com isso profundamente, agora, iria mudar as coisas por ali e pela sua cabeça.

Ele traçava um plano, um novo plano.

Jogou pela janela de sua cabana de beira de estrada todas as suas coisas. Para ele, tudo aquilo pertencia ao passado, um passado que agora somente existiria em suas lembranças.

Não que fossem lembranças ruins, mas também não eram em sua totalidade boas. Eram equilibradas, se bem que, de tempos em tempos ele achava que tinha mais ruins que boas. Mas enfim, eram lembranças e, assim sendo, deveriam ser guardadas.

Assim, como sendo a segunda parte do seu plano, juntou todas elas num saco, colocou dentro de uma caixa e guardou-as num canto. Era um canto acessível, caso ele quisesse vê-las, mas também não ficava ocupando muito espaço importante, garantindo assim que tivesse muito lugar disponível para tudo de novo que o esperava. Caso um dia isso viesse a se tornar um estorvo, jogaria tudo nos porões para liberar espaço.

Pegou um pequeno canivete, seu velho boné de posto de gasolina e saiu.
Saiu, para nunca mais voltar.
Saiu, para desbravar o mundo desconhecido e se perder em suas entranhas.
Saiu para desbravar o seu infinito.