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segunda-feira, abril 18, 2011

Um Rei e o Zé

Olhando aqui na biblioteca da minha antiga máquina, achei essa banda, Apanhador Só, que devo ter baixado ou alguém deve ter me passado em algum momento remoto e que ficou esquecida por um bom tempo, provavelmente.

O álbum é legal, curti as letras e as melodias são bonitinhas.

Ainda tô absorvendo o som e não quero dar um parecer muito definitivo, mas decidi compartilhar essa canção aqui com vocês. Quem sabe algum dia escrevo alguma coisa mais consistente.
Espero que gostem. :)


"Não leve a mal,
Eu só queria poder ter outra filosofia,
Mas não nasci pra conversar com rei."

terça-feira, março 01, 2011

O melhor filme de todos os tempos da última semana

Durante algum tempo de minha vida, algo estranho me acontecia: Todos os filmes que eu assistia pareciam ser os meus favoritos.

Indo por essa linha, o topo da minha lista mudava constantemente. Foi assim com Cinema Paradiso, Veludo Azul, Donnie Darko, Cidade dos Sonhos, Réquiem para um Sonho, Pulp Fiction, OldBoy, Cães de Aluguel, Trainspotting e, mais recentemente, Na Natureza Selvagem. Além desses, obviamente, tiveram vários outros, porém a dúvida era sempre a mesma ao final do filme.

Depois de muito quebrar a cabeça tentando em vão eleger o primeiro da lista, eu tive uma "luz", uma visão, um sei-lá-o-que.
Não adianta buscar o primeiro, o melhor, o perfeito porque ele simplesmente não existe.

O mesmo se aplica a muitas coisas na vida, como música, amizades, lugares e até as cores. Só eu era muito cabeçudo (ainda sou) pra não entender isso.

O foda é como as vezes gastamos em vão uma energia danada nisso, criando resoluções, teoremas e resenhas em blogs para tentar justificar que aquilo realmente é o melhor que já foi criado e que jamais será igualado.
Maaas... Sinto muito amigo, isso não é verdade. É pura ilusão.

E mesmo que, por um acaso, você conseguisse determinar isso, viria algum espírito de porco e mostraria algo que você não viu, ou fingiu que não viu, que poria por terra todas as suas teorias.
A partir de então, você tem três opções:

1. Dar uma de fanático religioso e dizer que o cara tá louco.
2. Ignorar a opinião e continuar com a sua resolução.
3. Acreditar e partir em busca do seu novo Santo Graal.

Pensando um pouco, a gente vê que não vale a pena.

Mas bem, como resolução de ano novo (atrasado), prometo a mim mesmo tentar não eleger o melhor de tudo.
Pra outras coisas, como marcas de cerveja, isso ainda continua inabalável.

quinta-feira, setembro 24, 2009

22 de setembro

22 de setembro.
22 anos.
Mais um ciclo se completa, mais uma volta nessa grande roda gigante da vida se faz.
Pessoas novas aparecem, novos ares, novos sentidos, novos sabores e mais vida.

Vida.
Desejos profundos que se desenvolvem a vinte e dois anos dentro de um ser enigmático mas fácil de compreender.

E sonhos.
Um ser feito de infinitos sonhos, infinitas vontades que a todo dia morrem e se renovam.

Nessa inconstante possibilidade, como sempre, algo de novo e bom vem a nascer para quem sabe iluminar e realizar um novo ano.

terça-feira, setembro 08, 2009

Just Like Honey*



A melhor coisa que poderiam inventar é a semana começar numa terça-feira. Seria tão bom poder fazer tudo o que se quer no domingo, porque, no final das contas, ainda existiria a segunda pra descansar de verdade.
(Justamente como foi ontem)
--
Ouvindo aqui Just Like Honey, April Skies e outras do Jesus & Mary Chain, bate logo uma nostalgia legal, sabe, gosto de coisas que soam retrô, que falam de amor de uma forma meio antiquada e de certo modo "pura", muito diferente da constante p@$&*#ria em que vivemos.

Isto consequentemente me lembra do filme Encontros e Desencontros tratando indiretamente disso que eu falei.
Enfim, é um ótimo filme, quem sabe algum dia eu escrevo algo sobre ele.
Vale aqui comentar que a trilha sonora é PERFEITA, tendo desde o já citado Jesus & Mary Chain até My Bloody Valentine.


"Listen to the girl
As she takes on half the world
Moving up and so alive
In her honey dripping beehive
Beehive
It's good, so good, it's so good
So good"
- Just Like Honey

terça-feira, agosto 18, 2009

"E o que eu vou ver? Eu sei lá..."

"Yes, I received your letter yesterday
(About the time the door knob broke)
When you asked how I was doing
Was that some kind of joke?
All these people that you mention
Yes, I know them, they're quite lame
I had to rearrange their faces
And give them all another name
Right now I can't read too good
Don't send me no more letters no
Not unless you mail them
From Desolation Row
"

Só pra desencargo de consciência.

terça-feira, maio 12, 2009

Karen Revisited

O título me lembra um poema do Pessoa, "Lisbon Revisited".
Diferente da música, o poema tem um tom mais melancólico, como quase tudo do Pessoa:

"NÃO: Não quero nada.
Já disse que não quero nada.
Não me venham com conclusões!
A única conclusão é morrer. Não me tragam estéticas!
Não me falem em moral! Tirem-me daqui a metafísica!
Não me apregoem sistemas completos, não me enfileirem conquistas
Das ciências (das ciências, Deus meu, das ciências!) —
Das ciências, das artes, da civilização moderna!

Que mal fiz eu aos deuses todos?
Se têm a verdade, guardem-na!
Sou um técnico, mas tenho técnica só dentro da técnica.
Fora disso sou doido, com todo o direito a sê-lo.
Com todo o direito a sê-lo, ouviram?"


Sabe quando você escuta algo que parece tão inacreditável de ser real que você fica em dúvida se existe ou não?
É lindo quando duas coisas combinam perfeitamente, se encaixam perfeitamente. Causam a impressão de uma dia terem sido uma unidade e foram separadas por algo ou alguém.
Elas se fundem perfeitamente para criar uma nova coisa mais bela que as anteriores.
E assim, parece o mundo ir se definindo, nessa junção e separação de realidade.
Tanto o que se toca quanto aquilo que é abstrato são partes de algo que não existe separadamente.
Nem pode existir.

Fiquem com a música:

terça-feira, março 31, 2009

Fazendo luz em passos simples

João tinha uma amiga, o nome dela era Sofia.
Sofia, como João um dia ficou sabendo, significava sabedoria, assim sendo, ele sempre que tinha alguma dúvida, a procurava, e ela como moça inteligente que era, sempre respondia as perguntas dele.

Um dia ele perguntou como se fazia a luz. Sofia então explicou-lhe como a junção de algumas coisas, pequenas doses de coisas mais, um pouco de vontade e logicamente dois corações faziam a luz aparecer. Coisa simples.

- Dois corações? - perguntava João - Mas porque dois? Não poderia ser só um?
E ela lhe respondeu:
- Não João, somente dois, nem um nem três, dois! E claro, se um deles for o seu, melhor ainda.
- E o outro, onde consigo?
- Bom, - respondeu ela - o outro você vai ter que procurar.
- Mas procurar onde?
- Em qualquer lugar - respondeu ela.
- Mas como saberei se serve?
- Pra começar, você vai ter que procurar alguém parecido com você, não necessariamente igual, mas parecido.
- Meio difícil isso, não? - questionou João
- Não! Quando você menos imaginar, ela lhe baterá a porta, ou você baterá na porta dela, sem saber. Quando isso acontecer, você saberá e então poderá criar sua própria luz, você e ela. A partir dai vai ser só juntar as algumas coisas com as pequenas doses de coisas mais, colocar um pouco da vontade e, com os corações livres, sua luz vai nascer que você nem vai notar!
- Incrível! - respondeu ele
- E tem mais uma coisa, se você borrifar um pouco de água, pode até fazer um arco-íris.
- Sério?
- Sério. Você sabe como se fazem os arco-íris?
- Não, como é?
- Ele acontece quando os raios de luz refletem na água, ela funciona com uma espécie de prisma, fazendo com que o raio de luz seja decomposto em todas as cores do espectro de luz visível.
- Huh!

Nesse dia ele foi pensativo, decidido a encontrar o que faltava, afinal, algumas coisas ele já tinha, as outras ele encontraria.
Apesar do sono e do cansaço, ele até que sentia alguma esperança.
Nada como uma terça-feira mal acordada para fazer com que se olhasse para dentro de si e notasse algumas coisas novas.
Coisa simples de se fazer.
Simples.