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terça-feira, março 01, 2011

O melhor filme de todos os tempos da última semana

Durante algum tempo de minha vida, algo estranho me acontecia: Todos os filmes que eu assistia pareciam ser os meus favoritos.

Indo por essa linha, o topo da minha lista mudava constantemente. Foi assim com Cinema Paradiso, Veludo Azul, Donnie Darko, Cidade dos Sonhos, Réquiem para um Sonho, Pulp Fiction, OldBoy, Cães de Aluguel, Trainspotting e, mais recentemente, Na Natureza Selvagem. Além desses, obviamente, tiveram vários outros, porém a dúvida era sempre a mesma ao final do filme.

Depois de muito quebrar a cabeça tentando em vão eleger o primeiro da lista, eu tive uma "luz", uma visão, um sei-lá-o-que.
Não adianta buscar o primeiro, o melhor, o perfeito porque ele simplesmente não existe.

O mesmo se aplica a muitas coisas na vida, como música, amizades, lugares e até as cores. Só eu era muito cabeçudo (ainda sou) pra não entender isso.

O foda é como as vezes gastamos em vão uma energia danada nisso, criando resoluções, teoremas e resenhas em blogs para tentar justificar que aquilo realmente é o melhor que já foi criado e que jamais será igualado.
Maaas... Sinto muito amigo, isso não é verdade. É pura ilusão.

E mesmo que, por um acaso, você conseguisse determinar isso, viria algum espírito de porco e mostraria algo que você não viu, ou fingiu que não viu, que poria por terra todas as suas teorias.
A partir de então, você tem três opções:

1. Dar uma de fanático religioso e dizer que o cara tá louco.
2. Ignorar a opinião e continuar com a sua resolução.
3. Acreditar e partir em busca do seu novo Santo Graal.

Pensando um pouco, a gente vê que não vale a pena.

Mas bem, como resolução de ano novo (atrasado), prometo a mim mesmo tentar não eleger o melhor de tudo.
Pra outras coisas, como marcas de cerveja, isso ainda continua inabalável.

quarta-feira, setembro 16, 2009




Exercito meu auto-controle com coisas simples e medito sob o sol no ônibus cheio e barulhento.
Acredito em sorrisos singelos e vez ou outra me perco onde não devia, afinal, somos sempre humanos propensos ao erro, não é?
Me admira ver a perfeição da natureza e a beleza do universo.
Sendo assim, me conforta toda a imensa finitude e perfeição do que está fora de nós, fora do nosso pequeno, porém belo, planeta.

"O acaso vai me proteger enquanto eu andar distraído."

*Na foto, a Nebulosa Borboleta.

terça-feira, agosto 18, 2009

"E o que eu vou ver? Eu sei lá..."

"Yes, I received your letter yesterday
(About the time the door knob broke)
When you asked how I was doing
Was that some kind of joke?
All these people that you mention
Yes, I know them, they're quite lame
I had to rearrange their faces
And give them all another name
Right now I can't read too good
Don't send me no more letters no
Not unless you mail them
From Desolation Row
"

Só pra desencargo de consciência.

domingo, julho 19, 2009

Viajar é perigoso



Medo e frustração são coisas que sempre permeiam nossas vidas, estando ali muitas vezes presentes no nosso cotidiano, algumas vezes tirando o que de bom nos chega.

Mesmo assim, muitas vezes conseguimos nos superar e realmente fazer algo de bom. Isso é que dá o norte a quem está constatemente perdido como eu.

Sempre tive a idéia de que todos nós nascemos para alcançar um determinado propósito, não algo pré-determinado, mas alguma coisa que iremos descobrir no decorrer da vida. Isso é que faz a vida ter um sentido, ter um significado.

Pra alguns pode ser ganhar muito dinheiro, ter filhos, escrever um livro, construir uma casa com suas próprias mãos, ajudar as pessoas ou qualquer coisa que valha a pena, e, por mais que o objetivo nunca seja plenamente alcançado, o importante é ter corrido atrás, ter lutado pelo sonho.

Uma pena como muitos passam pela vida sem nunca descobrir qual a sua missão enquanto vivos, sem deixar nada para o futuro, passando em branco no rio da história...

Me deixa triste, sinceramente, ver quantos jovens perdem suas vidas em coisas fúteis, coisas que não serão deixadas para o futuro, simplesmente vivendo o dia de hoje, sendo somente algo passageiro.

Creio que nenhum de nós está aqui para isso, nós temos uma cabeça pensante e devemos usá-la para alguma coisa, para criar algo, realizar o que quer que seja e não ficar parado, vegetando, pois para mim uma árvore possui muito mais valor do que uma pessoa que não pensa.

terça-feira, maio 26, 2009

Mais um sem título

Vou ser sincero, em alguns momentos pensei em acabar com esse blog. Não apagá-lo, mas deixá-lo ai, eternamente vagando pela rede com alguém de vez em quando lendo essas linhas. De uns dias pra cá ando meio sem saco pra muita coisa, meio sem paciência mesmo.
E isso é um problema.

Depois de muito refletir, achei que ele deveria continuar a ser alimentado, retro-alimentado e por ai vai. Fato é que eu gosto de escrever do mesmo modo que gosto de música e cinema. Enfim, isso aqui é uma terapia, muito boa e barata ;).

Assim sendo, creio que ainda haverão de vir outras estações por ai, derramando no meio desses caóticos bytes e protocolos os meus não menos caóticos pensamentos. Dizer que eu me acho louco soa até meio clichê, eu sei. Fato é, as vezes eu sou clichê, todo mundo é, afinal de contas, nós todos vivemos sendo influenciados por tudo a nossa volta e quem pensa o contrário, a meu ver está errado.

Na verdade só esta imune às influências externas quem está em estado vegetativo, coma e etc. Tudo bem, até sobre isso existem controvérsias.

Dia após dia todo mundo acorda, toma banho, come, morre, fica feliz, triste, caminha, anda de carro, ônibus, bicicleta, olha, ouve, encontra um amigo, fica com raiva, ódio, cansaço.
Todo mundo todo dia sorri.

E onde se situa o indivíduo nesse mar de rotina? Seria pretensão eu me achar melhor do que alguém que larga tudo o que faz para assistir novela? Seria pretensão minha chamar de fútil e inútil alguém que só liga para roupas de marca e tênis da moda?
Sim, creio eu que seria.
Por mais que alguém se deixe levar pela correnteza da nossa estrutura social, não quer dizer que ela não tenha sonhos, como eu tenho.
A grande questão é que muitas vezes acabam por não perceber que são inevitavelmente levadas pela massificação.

No fim das contas, é simples entender como muita gente se deixa influenciar por isso. A conclusão é bem simples: todo mundo prefere o que é mais fácil. Isso é uma característica humana, procurar pelo caminho mais fácil e mais tranquilo, sem tantos percalços. A grande questão é que esse comodismo que tanto nos fascina, nos faz ficar muitas vezes no mesmo lugar.
E esse é o grande problema.
Todo mundo precisa evoluir.

quarta-feira, abril 08, 2009

O Vício da Conspiração

Preciso me esquecer da minha mente.
Preciso deixar pra trás meu talvez e encontrar o meu certo.
Parar de ir sempre aonde nada há, onde nada nasce ou morre, o lugar onde nada existe.

Preciso parar de me contentar com pouco,
De me sentir sozinho,
De procurar estrelas-do-mar no asfalto.

Preciso eliminar, matar, trucidar esse aperto,
Me livrar das amarras, parar de tentar entender tudo.

Preciso largar a paranóia, esse vício.
Preciso só caminhar até a saída,
Colocar a mão na maçaneta,
Pegar minha chave e abrir a porta.
Atravessar?
Sim, atravessar e largar de ser besta.

Preciso largar a especulação,
Esse cão maldito, que ladra sempre no meu quintal,
Preso por uma corrente que eu mesmo coloquei
E que luto a cada minuto para quebrar, a machadadas se for preciso.

Preciso deixar o medo pra trás,
Essa sujeira que se instalou em mim,
O medo da morte,
O medo de estar sozinho,
O medo do amanhã,
O medo da dúvida.

Essa paz há tanto buscada,
Que parece sempre escorrer pelos meus dedos,
Aquela que eu sempre arrisco na busca de um bem maior,
Que chega e vai embora tão rápido quanto veio.

Mas como não arriscá-la?
Se ela também consiste de coisas que ainda não possuo?
E quando definitivamente a ter, será que não surgirá algo mais para não tornar minha paz completa?
Nunca saberei, se não arriscá-la.

As vezes acho que a paz consiste em arriscá-la a cada momento,
Em cada oportunidade,
Para que a mesma possa crescer, pois, a paz estática tende a se tornar tédio.

E até agora, nada ainda se resolveu,
Mas sou paciente, até demais...

sexta-feira, dezembro 19, 2008

Em águas profundas



Dor de cabeça e Jeff Buckley.
Cerveja e saudade.
Satisfação e cansaço.
Realização e elogios.

Cavalos Brancos e Cavalos Pretos.
Falta de energia e conversas.
Falta de energia e xadrez.
Falta de energia e promessas.

Sono e olhos fechados.
Solidão e cerveja.
Solidão e O Sol de Cada Manhã.
Noite de sexta-feira e calor.

Calor e indignação.
Falta de paciência e fome.
Histórias, histórias e histórias.

Vontade de escrever um livro.
Vontade de escrever um livro sobre mim.
E eu invento um personagem.
E o personagem toma a minha vida.
Quando o mandarei embora?
Ou ele irá por conta própria?

"Se você quiser pegar apenas um peixe pequeno, poderá ficar nas águas rasas, porém, se quiser alcançar os maiores e mais belos peixes, terá que mergular fundo..."